Estava no post-enquete sobre a eterna frustração do Messi na Seleção Argentina e, embora já esteja surrada de tanto ser contada, é uma história trágica. Ele é indiscutivelmente uma lenda, um dos maiores de todos os tempos, um talento que talvez não vejamos novamente neste século. Mas, na falta das taças, que ele não conseguiu nem contra os Chiles da vida, ele é às vezes um estranho em seu próprio país. Traficado aos 14 para a Catalunha, ora é visto como um Dom Sebastião, ora como pecho frio.
Ele poderia ter jogado pela seleção da Espanha. Se tivesse sido essa a escolha, é bastante razoável supor que ele teria sido campeão mundial em 2010, aos 23 anos de idade. "Se" não existe, mas, se fosse essa a história, acredito que o argumento de que ele é não um dos, mas o maior de todos os tempos teria muito mais força. Pelo menos nesta geração, Messi seria absolutamente inquestionável.
Mas ele escolheu a Argentina.
De 2018:
El 'pecho frío' y 'cagón' de Messi debió ir con España (aun con acento argentino)
Messi cumplió este domingo 31 años, de los que 18 lleva en España. Con 17, la RFEF ya le quiso llevar al Mundial Sub 20 de Finlandia, pero él prefirió esperar a Argentina, donde no se lo agradecen y le insultan.
Como não poderia deixar de ser, é algo que pesa sobre ele.
De 2019:
Messi abre o jogo sobre críticas na seleção: "Meu filho me pergunta por que me criticam tanto"
Craque reconhece que "é duro" não ter títulos com a camisa albiceleste e fala sobre Cristiano Ronaldo - coisa rara: "Sofremos ao vê-lo levantar tantas taças, mas era lindo enfrentá-lo"
Há um tempo, já nesta crise do futebol por lá, depois da Copa, acho, alguém importante, talvez um velhaco da AFA, não me lembro bem, sugeriu a "solução nacional", ou seja, testar na Copa América uma seleção apenas com atletas que jogam na Argentina. Acho até que pra montar um time competitivo para a Copa América, dadas as limitações das equipes, talvez nem fosse algo tão despropositado, embora o Brasil ontem tenha jogado mais bola do que antes. De qualquer forma, evidentemente isso não serviria de nada pra uma reconstrução pensando na Copa do Mundo de 2022.
Mas e se a Argentina conseguisse reunir o Messi e mais alguns jogadores que atuam na Europa por alguns meses na Argentina em 2022?
Daqui pra frente, aviso que é imaginação, um plano mirabolante, infalível, ao estilo do Cebolinha, com objetivos estritos de entretenimento e ficção cientí... futebolística.
Messi já indicou algumas vezes que gostaria de jogar nos pinguinos antes de aposentar e chegou a falar em "6 meses".
“Cada vez tenho mais claro que o Barcelona vai ser a minha única casa na Europa. Depois, verei se tenho vontade de alguma vez jogar no futebol argentino. Sempre disse que tinha vontade de jogar no futebol argentino, mas não sei se será possível. Gostaria de viver isso nem que fosse por seis meses ou alguns jogos, mas não sei. Aqui, só jogaria no Newell’s”, revelou o atacante ao Canal 13, da Argentina, onde está em preparação para a Copa do Mundo.
Em 22, ele completará 35 anos. Mesmo que não vá para a Argentina no começo do ano, a final da Champions League acontece geralmente no fim de maio. A Copa do Mundo começa dia 21 de novembro, ou seja, são 6 meses entre uma coisa e outra.
Digamos que o Messi tire 2 semanas de férias. Mais 2 semanas pra treinar no NOB. Entre julho e agosto, a AFA inventa um campeonato qualquer, algo como um hexagonal ou coisa do tipo, que seja pequeno, mas garanta um número mínimo de jogos para todos os times. A partir da última semana de Agosto, os all stars desse torneio, sem representar oficialmente a seleção mas na prática como uma base dela, começam a treinar e a fazer alguns (poucos) jogos de exibição, contra clubes argentinos ou, quem sabe, até mesmo clubes brasileiros, europeus ou seleções.
Contando com a preparação regular de sempre, são 3 meses até a Copa do Mundo, o que permitiria, finalmente, uma Argentina entrosada e taticamente consistente.
Com o "plano Messi" acordado entre todas as partes, outros jogadores argentinos com bom nível na Europa seriam convidados a negociar com seus clubes algo parecido. Não é algo fácil, logicamente, principalmente para jogadores mais jovens, mas é possível negociar extensões de contrato etc. e, na prática, é um período menor do que parece, já que aí no meio há férias e o tempo de parada da Copa do Mundo. Em último caso, alguns jogadores poderiam negociar apenas algum tempo a mais na preparação alongada da Argentina, e não em todo o processo.
Mas imaginem: 9 de julho de 2022, dia de comemoração da Independência Argentina, e o apito dá início a um torneio de tiro curto pré-Copa com Messi no Newell's, Aguero no Independiente, Di Maria no Rosário Central, Dybala no Boca etc. Jogadores que, dali a pouco, estarão juntos pra tentar resgatar a honra do futebol argentino.
Submitted July 03, 2019 at 09:56AM by LiarsEverywhere https://www.reddit.com/r/futebol/comments/c8p2ab/a_nacionaliza%C3%A7%C3%A3o_do_messi_%C3%A9_a_%C3%BAltima_esperan%C3%A7a_do/?utm_source=ifttt
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